Summary: | O teletrabalho tornou-se a solução imediata e aparentemente mais eficaz para os contextos escolares e laborais que eram anteriormente presenciais. O recurso à Internet aumentou exponencialmente, mas sobretudo o uso simultâneo de diversos equipamentos tecnológicos, que utilizados em excesso poderão ter consequências para os utilizadores. Um dos aspetos afetados tanto pela pandemia quanto pela exposição aumentada a ecrãs foi a qualidade de sono. Contudo, não existem só aspetos negativos, a motivação é um aspeto positivo no que se refere ao teletrabalho. Este estudo teve como objetivo compreender o impacto da exposição aumentada a ecrãs em população em teletrabalho, na pandemia atual, quanto à motivação e quanto à alteração dos seus hábitos de sono. Para a recolha de dados, foram utilizados o questionário sociodemográfico, o questionário “Exposição a ecrãs”, o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh e a Escala Multi-Factorial de Motivação no Trabalho. Neste estudo colaboraram 127 participantes, 74 do sexo feminino e 53 do sexo masculino com idades compreendidas entre 21 e 68 anos. Os resultados permitiram observar uma correlação positiva entre a exposição a ecrãs e a qualidade de sono assim como uma correlação positiva entre o regime de teletrabalho e a exposição a ecrãs. Pode-se observar que quem trabalha em regime de teletrabalho total está exposto mais horas a ecrãs e que por consequência será mais afetado no que diz respeito à qualidade de sono.
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