Summary: | Ampliar a capacidade dos indivíduos de controlarem a sua saúde é a premissa básica de promoção da saúde. A escola, enquanto espaço social e singular de reflexão sobre os percursos de vida surge como um setting potencialmente promotor de saúde que, ao envolver os agentes da sua comunidade em projetos de intervenção preventivos, confere-lhes o poder de os desenvolver, baseado no conceito de empoderamento comunitário. O presente Relatório descreve e analisa o processo de aprendizagem das atividades desenvolvidas, com base na metodologia de Planeamento em Saúde, desde o diagnóstico de situação à avaliação do projeto de intervenção, entre Abril de 2014 e Janeiro de 2015 numa Unidade de Saúde Pública do Norte de Portugal. Inserido num projeto de investigação em contexto escolar descrito como bottom-up e de abordagem longitudinal (2014-2023), a gestão comunitária eficaz assume-se como objetivo principal do projeto, através de uma tomada de decisão clínica em enfermagem em três focos de atenção: o Processo de Tomada de Decisão, o Papel Parental e o Papel Profissional, que analisam a população alvo do projeto (os alunos com início no 3º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico até ao 12º ano, os seus encarregados de educação e docentes de um concelho do Norte de Portugal). Os diagnósticos de enfermagem formulados após o diagnóstico de situação foram: Papel Profissional Efetivo em 8% e Papel Parental efetivo em 3%. Os domínios que fundamentam o projeto são os comportamentos associados ao consumo de substâncias psicoativas, os comportamentos aditivos sem substância e os comportamentos associados à sexualidade. Na definição de prioridades estabeleceu-se como problema prioritário nos encarregados de educação (que constituem a amostra intervencionada) o conhecimento sobre fatores influenciadores e fatores protetores do consumo de substâncias psicoativas nos adolescentes. Uma das metas não foi atingida com a intervenção na amostra, mostrando a necessidade de reformulações futuras.
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