Summary: | Os recém-nascidos são geneticamente propensos à interacção com outras pessoas, manifestando um especial interesse pela figura materna. Na base da interacção mãe-filho estão factores que envolvem a criança, os pais e o próprio contexto, reconhecendo-se que dificuldades interactivas podem condicionar o desenvolvimento socioemocional e cognitivo infantil no primeiro ano de vida. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura com os objectivos: identificar programas e intervenções com evidência empírica sobre a eficácia na interacção mãe-filho, no sentido do desenvolvimento do recém-nascido; caracterizá-los, descrevendo as suas formas de processamento; e analisar a evidência empírica da sua eficácia. O trabalho corresponde a uma revisão sistemática sem metanálise, baseada numa pesquisa bibliográfica online efectuada a partir do motor de busca da EBSCO, nas bases de dados MEDLINE with Full Text, CINAHL Plus with Full Text, Fuente Académica, MedicLatina e Phychology and Behavioral Sciences Collection. Foi ainda acrescentada uma pesquisa complementar a partir das referências bibliográficas dos estudos previamente seleccionados. Foram retidos 16 artigos para constituir a amostra desta revisão. Da sua análise, foram identificados 7 programas e 6 intervenções específicas com provas de evidência empírica de eficácia na interacção mãe-filho, no sentido da promoção do desenvolvimento do recém-nascido: (programas) Newborn Individualized Developmental Care and Assessment Program; Programa de Visita Domiciliária; Family Foundations; Programa de Formação Orientado para o Processo de Aconselhamento no Aleitamento Materno; Creating Opportunities for Parent Empowerment; Programa de Intervenção Facilitador da Transição do RN da UCIRN para Casa; Programa Parent-Baby Clinic; (intervenções) Newborn Behavioral Observations System; Interacção Guiada; Intervenção Educacional; Contacto Pele-a-Pele (Kangaroo Care); Intervenção Individual de Enfermagem; e Massagem Infantil. Conclui-se que a maioria dos programas e intervenções identificados se provam relevantes na interacção mãe-filho, contribuindo para o desenvolvimento adequado do recém-nascido, sendo esta uma área sensível ao campo de competências de enfermagem que deve ser continuada e melhorada.
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