Resumo: | Este estudo procurou investigar a existência de estereótipos acerca das pessoas idosas em estudantes do ensino superior, no distrito de Bragança. Para a sua concepção recorreu-se a metodologias quantitativas. Construiu-se um instrumento de colheita de dados, com base na vasta bibliografia e nos estudos já realizados neste âmbito. A amostra submetida a tratamento estatístico foi de 375 indivíduos. O instrumento revelou uma boa consistência interna. Uma elevada percentagem da amostra concorda com a totalidade dos estereótipos de orientação positiva e discorda da maioria dos estereótipos de orientação negativa. Estes resultados vão ao encontro dos objectivos preconizados pelo Plano de Acção Internacional apresentado em 2002 na II Assembleia Mundial para o Envelhecimento, e estão em consonância com o estudo de Rodriguez e Postigo (2004) e com Royo et al. (2006), que salientam a tendência actual para uma imagem mais positiva acerca da velhice. Apesar do predomínio da discordância, alguns dos estereótipos persistem, estes incluem-se na estereotipia de dependência e na estereotipia da decadência da imagem física. Das várias hipóteses traçadas em função das distintas variáveis independentes, constatou-se que «o sexo», «a idade», e «o residir ou não com idosos no local de proveniência», foram as que mais diferenças estatisticamente significativas apresentaram.
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