Resumo: | Em 1934, Aquilino Ribeiro publica o diário É a guerra onde fixa a visão de estrangeiro sobre Paris, que mergulha gradualmente na escalada da I Guerra Mundial. As acusações de germanofilia dirigidas a Aquilino vêm da sua “imoderada franqueza” sobre o campo francês, revelada nesta obra. Escandido pelos dias que vão do eclodir do conflito ao regresso do escritor a Portugal, no fim de Setembro de 1914, É a Guerra é um texto híbrido que não foge ao registo ensaístico e jornalístico. Na mistura deliberada de géneros, Aquilino escreve a memória pessoal do século XX, a nascer a ferro e fogo entre derivas nacionalistas e imperialistas. Fala da efervescência humana da cidade de Paris, já transfigurada pelos crescentes sinais da guerra e que, para ele, em grande medida, se torna mal-amada e motivo de observação perplexa e reactiva.
|