Reacendimentos em Viana do Castelo - O problema da causa ou a causa do problema?

Viana do Castelo é o distrito com maior taxa de reacendimentos do país, em 2020 são 13% as ocorrências que após processo de investigação é apurado serem resultantes de reacendimento de um incêndio anterior. O total dos 91 “supostos” reacendimentos apresentam uma área ardida de 114,25 hectares, mas i...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Domingues, Marco (author)
Outros Autores: Ventura, Albertino (author), Barreiro, Paulo (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.26/42579
País:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/42579
Descrição
Resumo:Viana do Castelo é o distrito com maior taxa de reacendimentos do país, em 2020 são 13% as ocorrências que após processo de investigação é apurado serem resultantes de reacendimento de um incêndio anterior. O total dos 91 “supostos” reacendimentos apresentam uma área ardida de 114,25 hectares, mas independentemente da área, é o desempenho das entidades envolvidas em todo o processo que acaba por ser colocado em causa no distrito de Viana do Castelo. Não sendo intenção interferir com o trabalho desempenhado pelas entidades competentes, este estudo visa percecionar toda a envolvência no que aos reacendimentos no Alto Minho diz respeito. Na verdade, foi muito enriquecedor, fizeram-se algumas descobertas que vão desde o processo de investigação e os seus timings, à capacidade de investigação das equipas, reacendimentos que não o serão, assim como ocorrências que tudo aparenta ficarem “sem possibilidade de visualização”. A informação é variada, contudo o epicentro da problemática em causa, após a análise aos reacendimentos do distrito de Viana do Castelo, é que poderão existir algumas reservas sobre 60 dos 91 apresentados pela Guarda Nacional Republicana (GNR). O que eventualmente possa parecer à primeira vista é um distrito que sistematicamente apresenta uma das taxas mais altas de reacendimentos de Portugal, não só os 13% do ano de 2020 como um caso meramente isolado, o que pode ter a sua origem em algo nunca equacionado como um problema sério e de base que se pode centrar na análise de causas dos incêndios no Alto Minho, e que, a partir daí todo o edifício teórico que se constrói em torno dos reacendimentos pode ter iniciado numa base errónea. Desde 2017, que no Comando Distrital de Operações de Socorro de Viana do Castelo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil os reacendimentos no distrito são alvo de análise, estudo, mudança de atuação e procedimento na tentativa de obter resultados diferentes. Nos últimos 4 anos envolveram-se novos players, foi realizada formação, implementados e melhorados procedimentos de empenhamento de meios, mas o resultado final permanece similar