Avaliação de prognóstico em doentes com cancro em fim de vida : validação transcultural para a população portuguesa do Palliative Prognostic Index (PPI)

INTRODUÇÃO: Prognosticar é fundamental na prática clínica, particularmente para o paliativista. Facilita a tomada de decisões clínicas e o planeamento do fim de vida, nomeadamente a referenciação atempada a cuidados paliativos (CP). A sua natureza imprecisa e as dificuldades técnicas que lhe estão a...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Goulão, Maria Joana Henriques (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/37852
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/37852
Description
Summary:INTRODUÇÃO: Prognosticar é fundamental na prática clínica, particularmente para o paliativista. Facilita a tomada de decisões clínicas e o planeamento do fim de vida, nomeadamente a referenciação atempada a cuidados paliativos (CP). A sua natureza imprecisa e as dificuldades técnicas que lhe estão associadas estão bem documentadas na literatura. Apesar de existirem diversas ferramentas que tentam ultrapassar essa imprecisão, não são rotineiramente usadas na prática clínica e nenhuma está ainda validada para a população portuguesa. MATERIAL E MÉTODOS: O Palliative Prognostic Index (PPI) é um instrumento desenvolvido para doentes com cancro terminal em CP no Japão. Foi depois validado noutros países e para outras populações. Consiste na aplicação de uma escala que combina o valor do Palliative Performance Scale (PPS) com a ingesta e a existência ou não de edema, dispneia em repouso e delirium, estratificando os doentes em 3 grupos com diferentes sobrevidas (< 3 semanas; 3 a 6 semanas e > 6 semanas). Nesta dissertação expomos o processo de validação linguística do PPI para a língua portuguesa de Portugal, lançando as bases para a posterior validação transcultural e psicométrica. RESULTADOS: Para isso procedemos à tradução do instrumento original para a língua portuguesa de Portugal, obtendo equivalência conceptual e semântica. Alcançamos assim uma versão do instrumento pronta a ser usada nas fases seguintes da validação. CONCLUSÃO: Com a posterior conclusão deste estudo, pretendemos munir os profissionais de saúde portugueses de um instrumento de elaboração de prognóstico com um bom valor preditivo, simples, fácil de aplicar e facilmente reprodutível, que permita, entre outros aspetos, a individualização de cuidados, a identificação de populações homogéneas de doentes e a uniformização de conceitos em saúde.