Summary: | São recorrentes as referências à incapacidade da escola para acompanhar as mudanças que a sociedade inexoravelmente transporta para o seu interior. Reconhecemos que múltiplos fatores concorrem para a dificuldade em introduzir no sistema as alterações de ordem organizacional, funcional e pedagógica que se impõem, por via da lei ou por necessidades de adaptação ao contexto, mas acreditamos que tais transformações só são possíveis através da participação e do esforço coletivos. Nesta conjuntura, o departamento pode configurar um locus de ação colaborativa e a sua coordenação constitui um nível de liderança intermédia, de cuja atuação deriva em parte o funcionamento da escola e a qualidade do seu ensino. O cargo de coordenador de departamento abarca uma amplitude de ação que recai sobre todos os docentes, sem exceção. O estudo que apresentamos visa conhecer as perceções dos docentes acerca da função de coordenação de departamento curricular, tal como esta está a ser efetivada nas escolas de 2º/3º ciclo, dentro do quadro legal vigente. Assim, procuramos responder, com base na análise preliminar de dados recolhidos, à pergunta de partida: de que modo os coordenadores e os outros docentes perspetivam o papel do coordenador como elemento de gestão intermédia, nas escolas EB 2.3? Ainda que os resultados deste estudo não possuam validade externa, esperamos que se possam obter sugestões para melhoria e, eventualmente, recolher e divulgar evidências que possam acrescentar valor a estudos já efetuados no âmbito deste tema.
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