Duas décadas de consolidação da paz: as críticas ao modelo das Nações Unidas

Definida como a nova prioridade da ONU em 1992, a consolidação da paz procurou responder ao desafio de um número crescente de guerras civis particularmente violentas e tornou-se, desde então, numa das mais visíveis e exigentes áreas de atuação da organização. O empenho na promoção ativa da resolução...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cravo, Teresa Almeida (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10316/43854
País:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/43854
Descrição
Resumo:Definida como a nova prioridade da ONU em 1992, a consolidação da paz procurou responder ao desafio de um número crescente de guerras civis particularmente violentas e tornou-se, desde então, numa das mais visíveis e exigentes áreas de atuação da organização. O empenho na promoção ativa da resolução desses conflitos foi, no entanto, revelando graves debilidades e não impediu evidentes fracassos. Nestas duas décadas, o chamado paradigma da paz liberal tem vindo a sofrer críticas contundentes e é atualmente alvo de um ceticismo generalizado. Este artigo explora algumas dessas críticas apontadas ao modelo vigente, argumentando que, apesar de certas alterações ao conceito e prática da consolidação da paz, os problemas mais acutilantes estão ainda por resolver, e as mudanças até agora introduzidas não chegam a pôr em causa os pressupostos culturais e ideológicos, assim como os interesses práticos do Norte Global, que subjazem à promoção da paz na periferia.