Summary: | Numa altura em que se continua a discutir as acentuadas assimetrias mundiais e a debater os efeitos mais perversos da globalização nos países em desenvolvimento, os Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento (OMD) não podem deixar de espelhar gradualmente as responsabilidades de todos os agentes do Desenvolvimento no alívio da pobreza dos países mais desfavorecidos. A Declaração do Milénio, como ficou conhecida, foi assinada por 189 Estados Membros das Nações Unidas, da qual Cabo Verde também é signatário, e traduz-se em 8 grandes Objectivos mundiais, desdobrados em 21 metas, às quais estão associados cerca de 52 indicadores que possibilitam a medição e acompanhamento da regressão ou progresso destes mesmos Objectivos na meta temporal de 2015. Depois de uma década de conferências e cimeiras mundiais, o pacto de desenvolvimento do Milénio reitera a necessidade de se reforçar as políticas de luta contra a pobreza a nível mundial com responsabilidades acrescidas para os Estados. No entanto, e contrariando a tendência de uma leitura ao nível governamental, importa perceber de que forma é que os actores sociais, nomeadamente as Organizações Não Governamentais, contribuem para o desenvolvimento local cabo verdiano. Tendo em conta o objecto em estudo, isto é, a diversidade de práticas que permitirão questionar o papel dos Estados e dos demais actores do desenvolvimento na prossecução dos OMD, pretendemos demonstrar a importância do papel das Organizações da Sociedade Civil na luta contra a pobreza, colocando em destaque a importância das ONG e Organizações Comunitárias de Base cabo verdianas para o alcance dos OMD em Cabo Verde.
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