Síntese e avaliação biológica de novos derivados porfirínicos

O presente trabalho descreve a síntese, caracterização e avaliação biológica de novos macrociclos porfirínicos na fotoinativação de estirpes bacterianas resistentes a antibióticos, de origem clínica. Para tal, sintetizaram-se dois derivados tetra-substituídos da meso-tetraquis(pentafluorofenil)porfi...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Costa, Dora Cristina da Silva (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/8080
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/8080
Descrição
Resumo:O presente trabalho descreve a síntese, caracterização e avaliação biológica de novos macrociclos porfirínicos na fotoinativação de estirpes bacterianas resistentes a antibióticos, de origem clínica. Para tal, sintetizaram-se dois derivados tetra-substituídos da meso-tetraquis(pentafluorofenil)porfirina: uma porfirina (fotossensibilizador de “1.ª geração”) e a clorina correspondente (fotossensibilizador de “2.ª geração”). Ambos os compostos foram posteriormente cationizados com iodeto de metilo, originando os correspondentes derivados tetra-catiónico, no caso da porfirina, e penta-catiónico caso da clorina. Os compostos sintetizados foram caracterizados estruturalmente com recurso à espetroscopia de ressonância magnética nuclear de protão, e de flúor 19, assim como de ultravioleta-visível e espetrometria de massa. A caracterização estrutural efetuada confirmou a estrutura esperada de cada um dos compostos. Ambos os fotossensibilizadores foram testados em ensaios biológicos para avaliação da sua capacidade de inibição de estirpes bacterianas, do tipo Gram-negativa [Gram (-)], Pseudomonas aeruginosa, e Gram-positiva [Gram (+)], Staphylococcus aureus. Tais estudos foram, paralelamente, realizados e comparados com os resultados obtidos para um fotossensibilizador já amplamente estudado por vários autores, designadamente, a 5,10,15,20-tetraquis(N-metilpiridínio)porfirina. Os ensaios de fotoinativação antimicrobiana foram levados a cabo usando dois tipos de luz – uma luz branca e uma luz vermelha, sendo esta última uma radiação de comprimento de onde mais elevado (> 550 nm), logo mais penetrante, podendo por isso ser usada no tratamento de lesões mais profundas –, usando uma intensidade de 150 mW.cm-2. Os resultados obtidos permitem afirmar que ambas as estirpes, mesmo sendo resistentes a antibióticos, não apresentam resistência à inativação fotodinâmica antimicrobiana. Mais se observa que a estirpe do tipo Gram (+) apresenta maior sensibilidade ao processo de fotoinativação que a estirpe do tipo Gram (-). O derivado do tipo clorina mostrou ser o mais eficaz, na inativação da estirpe Gram (+), inativando-a até ao limite de deteção (0.5 μM, 15 min, luz branca e 30 min, luz vermelha). A clorina mostrou também resultados promissores inativando, quase até ao limite de deteção, a estirpe Gram (-) (10 μM, 60 min), para a luz branca e até ao limite de deteção (10 μM, 1.5 h), para a luz vermelha. Assim a luz vermelha mostrou ser promissora quando combinada com fotossensibilizadores de “2.ª geração” do tipo clorina, no tratamento de infeções mais profundas provocadas por microrganismos do tipo referido.