Resumo: | Nos negócios, as relações informais entre os Executivos, são percebidas como fundamentais para o sucesso destes e das suas organizações, mas a detenção de competências específicas para criar, desenvolver e obter resultados deste tipo de redes de contactos, parece ser insuficiente. A percepção de que o Networking é uma competência e que portanto, pode ser adquirida e transferida através de sistemas organizados, não parece ser popular entre a comunidade de negócios. Partindo desta realidade, o presente estudo propõem-se esclarecer se existe um fosso (Gap) entre as práticas actuais dos Executivos a trabalharem no mercado português e as melhores práticas, originando necessidades de aquisição de competências em Business Networking e ainda, explorar possíveis formatos de aquisição das mesmas. Na elaboração deste estudo qualitativo e exploratório, realizaram-se dois Focus Groups, um com Executivos com funções de gestão geral, comercial, marketing e outro com Executivos de recursos humanos. Foi, também, realizado um levantamento de percepções de nível de competência em Business Networking, usando uma escala de ordenação. O presente estudo confirma a existência do Gap anteriormente teorizado, tanto no que se refere a competências estratégicas como a operacionais e manifesta-se nas três fases do processo de Networking: Aquisição de contactos, Cultivação das relações e Capitalização das relações (obtenção de valor). Os Executivos reconhecem e valorizam ainda a necessidade de o suprir, sugerindo a Formação e o Coaching como os formatos mais adequados para a transferência de competências. Foram identificados como principais destinatários destas acções de Formação e Coaching em Business Networking, os Executivos com responsabilidades de desenvolvimento de negócio (considerado obrigatório) e os de recursos humanos e ligados a programas de desenvolvimento de carreira.
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