Os custos da insuficiência cardíaca em Portugal e a sua evolução previsível com o envelhecimento da população

Introdução e objetivos: A insuficiência cardíaca (IC) é um problema crescente de saúde pública. Este estudo estima os custos atuais e futuros da IC em Portugal Continental. Métodos: A estimativa dos custos foi realizada na ótica da prevalência e na perspetiva da sociedade. Os custos anuais da IC inc...

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Bibliographic Details
Main Author: Gouveia, Miguel Rebordão de Almeida (author)
Other Authors: Ascenção, Raquel Maria Sousa e Silva (author), Fiorentino, Francesca (author), Costa, João Nuno Marques Parracho Guerra da (author), Broeiro‐Gonçalves, Paula Maria (author), Fonseca, Maria Cândida Faustino Gamito da (author), Borges, Margarida de Fátima Palma Feria (author)
Format: article
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/32278
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/32278
Description
Summary:Introdução e objetivos: A insuficiência cardíaca (IC) é um problema crescente de saúde pública. Este estudo estima os custos atuais e futuros da IC em Portugal Continental. Métodos: A estimativa dos custos foi realizada na ótica da prevalência e na perspetiva da sociedade. Os custos anuais da IC incluíram os custos diretos (consumos de recursos) e indiretos (impacto na produtividade da população). Utilizaram‐se maioritariamente dados da Base de Dados de Morbilidade Hospitalar, dados da prática clínica real relativamente aos consumos nos cuidados primários e opiniões de peritos. Estimaram‐se os custos para 2014 e, tendo em conta o envelhecimento da população, a evolução dos mesmos até 2036. Resultados: Os custos diretos em 2014 totalizaram €299 milhões (39% por internamentos, 24% por medicamentos, 17% por meios complementares de diagnóstico e terapêutica, 16% por consultas e o restante por outras rubricas como urgências e cuidados continuados). Os custos indiretos totalizaram €106 milhões (16% por absenteísmo e 84% por redução de emprego). Entre 2014 e 2036, por efeitos demográficos, os custos totais passarão de €405 para €503 milhões. O aumento nos custos por habitante será de 34%, um aumento superior ao dos custos totais (+ 24%) dada a redução prevista da população residente. Conclusões: A IC tem um importante impacto económico atual (2,6% do total das despesas públicas em saúde) e previsivelmente maior no futuro, o qual deve ser tido em consideração pelos responsáveis pelas políticas de saúde por forma a adequar a gestão de recursos atual e futura e minimizar o impacto desta doença.