Susceptibilidade de Candida albicans à Caspofungina e mutações de FKS1

A incidência e a prevalência de infecções fúngicas invasivas com comprometimento de vida são um grave problema de saúde humana e, não obstante dos tratamentos antifúngicos agressivos bem estabelecidos ou com novos fármacos, estas infecções são uma causa importante de morbilidade e mortalidade, espec...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pedrosa, Joana Margarida Duarte (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/8333
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/8333
Descrição
Resumo:A incidência e a prevalência de infecções fúngicas invasivas com comprometimento de vida são um grave problema de saúde humana e, não obstante dos tratamentos antifúngicos agressivos bem estabelecidos ou com novos fármacos, estas infecções são uma causa importante de morbilidade e mortalidade, especialmente em indivíduos imunocomprometidos. Dentro do género Candida, Candida albicans continua a ser a espécie mais frequentemente associada a infecções fúngicas graves. As equinocandinas tornaram-se a terapia de primeira linha no tratamento de candidíases invasivas no entanto, alguns estudos relatam o aparecimento de susceptibilidade reduzida a estes agentes, especialmente à Caspofungina, o antifúngico desta classe mais largamente usado. Sabe-se que mutações, em duas regiões altamente conservadas, no gene que codifica a subunidade Fks1 do complexo glucano-sintase originam valores de Concentrações Inibitórias Mínimas (CIM) anormalmente elevados. O objectivo deste estudo foi avaliar a susceptibilidade à Caspofungina, pelo método de microdiluição, de um grupo de 25 isolados clínicos de C. albicans, recolhidos entre 2005 e 2011. A extracção de DNA e sequenciação das regiões HS1 e HS2 do gene FKS1 foi executada nas estirpes com valores de CIM de 0,25 μg/ml, para avaliar a presença ou ausência de mutações nessas regiões. Das seis estirpes sequenciadas, uma apresenta uma mutação V636G por alteração do nucleótido T pelo nucleótido G na posição 1905, uma apresenta um polimorfismo por alteração do nucleótido C pelo nucleótido T na posição 1921, e outra amostra apresenta um polimorfismo na posição 1927 por alteração do nucleótido T pelo nucleótido A, um polimorfismo pela troca do nucleótido T pelo nucleótido G na posição 1881 e uma mutação F628C pela alteração do nucleótido T pelo nucleótido G na posição 1883, todas para a vi região HS1. Para a região HS2 não foram encontradas mutações nem polimorfismos.