Versão portuguesa do Family ACE Questionnaire (Questionário da História de Adversidade na Infância)

As experiências adversas na infância têm sido descritas na literatura como um dos principais factores de risco para problemas psicossociais na idade adulta. Este facto aumenta a importância de existirem instrumentos que permitam avaliar a ocorrência destas experiências. O Family ACE Questionnaire (F...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Susana Sofia P. (author)
Other Authors: Maia, Ângela (author)
Format: conferencePaper
Language:por
Published: 2008
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1822/11323
Country:Portugal
Oai:oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/11323
Description
Summary:As experiências adversas na infância têm sido descritas na literatura como um dos principais factores de risco para problemas psicossociais na idade adulta. Este facto aumenta a importância de existirem instrumentos que permitam avaliar a ocorrência destas experiências. O Family ACE Questionnaire (Fellitti & Anda, 1998) é um questionário de auto-relato para adultos que pretende avaliar 10 experiências de adversidade ocorridas na infância: abuso físico, abuso emocional, abuso sexual, exposição a violência doméstica, abuso de substâncias no ambiente familiar, divórcio ou separação parental, prisão de um membro da família, doença mental ou suicídio, negligência física e negligência emocional. Cada uma das escalas de adversidade é composta por diversos itens, sendo que estes podem ser dicotómicos ou classificados numa escala de likert. Para além destas escalas é possível calcular a adversidade total que corresponde ao somatório do valor com que cada sujeito foi classificado em cada uma das categorias. O estudo da validade deste instrumento através de um teste-reteste, com 644 pessoas, verificou um coeficiente de Kappa de .56 a .72 para as dimensões de abuso físico, abuso emocional e violência doméstica, e de .46 a .86 para as restantes dimensões, o que levou os autores a concluírem pela sua adequação (Dube et al, 2004). A versão portuguesa, já utilizada numa população clínica (n=100), num grupo controlo (n=80) e num grupo de mulheres na prisão (n= 42), permitiu verificar a relevância deste instrumento atendendo às diferenças que se observou entre os grupos, bem como ao seu poder preditivo do funcionamento actual. Neste momento está-se a proceder a análises do tipo teste – reteste. As análises até agora realizadas permitem concluir que este é um instrumento relevante para a avaliação das experiências de adversidade na infância.