Papel parental durante a hospitalização da criança : perceção dos pais, mães

Introdução: A parentalidade é o assumir de responsabilidades de ser pai/mãe de uma criança durante o seu desenvolvimento, implicando um papel ativo e eficaz, o papel parental. Este papel, que nem sempre é fácil pode tornar-se mais difícil quando a criança fica doente e necessita de hospitalização. A...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Monteiro, Rui Manuel Miragaia (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.19/7274
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/7274
Descrição
Resumo:Introdução: A parentalidade é o assumir de responsabilidades de ser pai/mãe de uma criança durante o seu desenvolvimento, implicando um papel ativo e eficaz, o papel parental. Este papel, que nem sempre é fácil pode tornar-se mais difícil quando a criança fica doente e necessita de hospitalização. A atitude dos pais ao lidar com o internamento do seu filho depende das características pessoais, dos enfermeiros e das características das próprias crianças. Nesta situação estabelecer uma parceria de cuidados, entre enfermeiros e pais será o melhor caminho para alcançar melhores resultados. Objetivos: Descrever o percurso formativo nos diversos contextos de estágio; refletir sobre as experiências e atividades realizadas para o desenvolvimento de competências comuns e especificas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica e compreender o papel parental na minimização dos danos na criança resultantes da hospitalização. Metodologia: Descritiva e reflexiva sobre o percurso desenvolvido no contexto da prática clínica, que inclui um estudo exploratório de natureza qualitativa, no qual se aplicou como colheita de dados a entrevista semiestruturada, uma vez que se pretende descrever e interpretar as narrativas de pais de crianças hospitalizadas com idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos, realizadas no internamento do serviço de pediatria de um hospital central, numa amostra de 10 pais de crianças internadas. Resultados: Da análise dos dados verificou-se que a maioria dos pais/mães referiram que a informação acerca do motivo do internamento e da doença da criança foi fornecida pelos enfermeiros na triagem. Todos os pais/mães mencionaram que a hospitalização de um filho e consequentemente os procedimentos efetuados criam neles sentimentos como angústia e ansiedade. O facto de os enfermeiros utilizarem sempre uma linguagem clara e os envolverem nos cuidados prestados à criança foi muito positivo e benéfico para esta tornando-a mais calma e segura. A perceção dos pais acerca da parceria de cuidados é muito positiva, referindo que esta transmite conforto para os pais/mães e para a criança reduzindo a ansiedade e stress neles e na criança e que contribuiu para a melhoria do seu desempenho nos cuidados prestados aos filhos. Conclusão: Os resultados revelam que o papel parental é de grande importância na minimização dos danos resultantes da hospitalização da criança, o que requer uma parceria efetiva de cuidados. Compete, assim, aos enfermeiros estarem em alerta para minimizar os danos, e saberem oferecer o melhor para os pais e filho internado, tendo o enfermeiro especialista um papel fulcral na procura de melhores soluções durante a hospitalização. Palavra-chave: Hospitalização, Criança, Enfermagem, Família, Parentalidade, Parceria de Cuidados.