Arquitetura de emergência : o habit num cenário pós-catástrofe

A Arquitetura de Emergência surge da necessidade de responder de forma rápida e eficiente a algum tipo de catástrofe ou mesmo uma necessidade ou urgência social. No âmbito deste tema tão vasto, aquele que mais me interessa é a habitação, principalmente pelas condicionantes e necessidades destes cená...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ribeiro, Cristovão Ferreira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/11067/3038
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/3038
Descrição
Resumo:A Arquitetura de Emergência surge da necessidade de responder de forma rápida e eficiente a algum tipo de catástrofe ou mesmo uma necessidade ou urgência social. No âmbito deste tema tão vasto, aquele que mais me interessa é a habitação, principalmente pelas condicionantes e necessidades destes cenários pós- catástrofe. Que necessidade deverá satisfazer este habitat específico, enquanto unidade e conjunto? Esta questão coloca o arquiteto numa posição crítica, uma vez que terá que ser capaz de responder às contingências que uma intervenção deste tipo implica, como conseguir alcançar soluções mais humanas e adequadas à situação frágil das vítimas? Partindo dos pressupostos e questões específicas desta temática, mostra-se relevante a construção de um trabalho que proporcione o encontro com os arquétipos da Arquitetura, onde se possa discutir novamente os princípios básicos das necessidades humanas, em que a Arquitetura se revela uma ferramenta importante, num cenário de reconstrução, realojamento e de planeamento urbano. A especificidade deste tema em particular obriga a definição de premissas fundamentais para estruturar uma intervenção adequada a cada situação. A habitabilidade é garantida quando se se verificar a proteção contra as ações do clima, o armazenamento e proteção dos bens materiais das populações, os espaços criados deverão proporcionar um equilíbrio emocional e assegurar intimidade. A mobilidade é um valor a considerar nestes cenários, tanto a mobilidade dos utilizadores como do objeto arquitectónico, bem como as questões relacionadas com a sustentabilidade do meio, da sociedade e da cultura de cada população afetada. Um dos principais aspetos para uma intervenção bem-sucedida é a proposta ser capaz de ser aceite pelas pessoas e de integrar as comunidades, estas questões são do foro afetivo e cultural de cada local. Atualmente verifica-se que as respostas mais adequadas são aquelas que vão ao encontro das técnicas e materiais mais comuns no meio onde se inserem estas comunidades. A arquitetura de emergência não deverá ser encarada através do desenho de objetos sofisticados. A experiência ao longo de diversas situações demonstrou as dificuldades de implementação destes projetos. Desta forma o Arquiteto deverá ser capaz de propor soluções que alcancem bons resultados com poucos recursos, preferencialmente usando, caso existam, recursos locais.