CICLOFOTOCOAGULAÇÃO TRANSCLERAL LASER DÍODO (CTLD) NO TRATAMENTO DO GLAUCOMA: RESULTADOS DOS ÚLTIMOS 8 ANOS

  Objetivo: Avaliação dos resultados clínicos dos doentes submetidos a CTLD no Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar do Porto, EPE entre Agosto de 2006 e Agosto de 2014. Material e Métodos: Estudo retrospetivo em que foram incluídos 130 olhos (121 doentes) com diferentes tipos de glaucoma. O...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Figueiredo, Ana (author)
Other Authors: Abreu, Carolina (author), Monteiro, Silvia (author), Reis, Rita (author), Sampaio, Isabel (author), Menéres, Maria João (author)
Format: article
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.48560/rspo.10117
Country:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10117
Description
Summary:  Objetivo: Avaliação dos resultados clínicos dos doentes submetidos a CTLD no Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar do Porto, EPE entre Agosto de 2006 e Agosto de 2014. Material e Métodos: Estudo retrospetivo em que foram incluídos 130 olhos (121 doentes) com diferentes tipos de glaucoma. O follow-up mínimo foi de 3 meses. Definiu-se sucesso cirúrgico relativo como pressão intra-ocular (PIO) < 22 mm Hg com medicação antiglaucomatosa, sucesso cirúrgico absoluto quando PIO < 22 mm Hg sem recurso a medicação e falência sempre que PIO ≥ 22 mm Hg com medicação e/ou necessidade de outra intervenção para controlar a PIO. Foram analisadas variáveis demográficas, antecedentes cirúrgicos, PIO no 1º dia; 1º, 3º, 6º mês, 1º ano e à data da última consulta, melhor acuidade visual corrigida (MAVC) pré e pós-operatória, número de fármacos pré e pós-cirurgia, entre outras. Resultados: De um total de 121 doentes, 63 eram do sexo feminino (52.1%) com idade média 59.35 (±16.84). A taxa global de retratamento foi de 21,5 %. O glaucoma neovascular foi o diagnóstico mais frequente (40,8%). O follow-up médio foi 28,71 ± (21,26) meses [3-89]. A PIO pré-operatória média foi de 33,9 ± 9,93 e a pós-operatória foi de 17,57 ± 8,00 na última consulta. A diferença entre a PIO pré e pós-operatória foi estatisticamente significativa (p <0.01). A média de fármacos diminuiu de 3,00 ± 1,06 para 1,41 ± 1,27 após a cirurgia (p <0,01). As principais complicações foram 24 casos (18,5 %) de perda de percepção luminosa, 8 casos (6,2%) de hemorragia subconjuntival, e 8 casos (6,2%) de reação inflamatória de câmara anterior. 6 casos (4,6%) apresentaram hipotonia (PIO ≤ 5mm Hg ao final de 1 ano). 43,8 % dos casos atingiram sucesso cirúrgico relativo e 25,4 % sucesso cirúrgico absoluto  à data da última avaliação (Taxa de sucesso global = 69,2%). Foi registada falência em 30,8 % dos olhos. Conclusão: A CTLD assume-se como uma técnica cirúrgica segura e eficaz que deve ser equacionada perante o insucesso do tratamento médico e/ou cirúrgico. Os resultados revelam-se encorajadores e possibilitam ponderar o uso desta técnica em vários tipos de glaucoma e não exclusivamente como terapêutica de última linha.