Resumo: | Esta dissertação foi desenvolvida com o intuito de analisar as ramificações e características do fenómeno da guerra híbrida e da subversão, mais propriamente o que estes dois métodos acarretam geopoliticamente e para a projeção de poder. A investigação foi dedicada a dois países e superpotências, os Estados Unidos da América e a República Popular da China, para além de uma contextualização da respetiva cultura estratégica. Esta dissertação examina a História de Grand Strategy e da Estratégia em si, ao mesmo tempo que é explorado o contexto histórico e a cultura estratégica dos países mencionados, no empenho pela proteção dos seus interesses. Estão incluídos dois case studies para examinar elementos da política nacional e para corroborar possíveis paralelismos. No caso dos EUA, o case study diz respeito à intervenção na Líbia de 2011, nomeadamente as consequências estratégias que a intervenção acarretou na região. O case study da China representa uma análise da campanha contemporânea no Mar do Sul da China, e por exemplo, os esforços não-convencionais e subversivos conduzidos para projetar poder. O ano de 1989 marca um progresso acelerado de rutura com o modelo da Guerra Fria, começando a surgir sinais de evidente implosão do bloco soviético como a queda do Muro de Berlim. Para os EUA isto implicou uma tardia avaliação da sua situação como superpotência. Para a China, o ano de 1989 corresponde aos protestos de Tiananmen e da reavaliação por parte do Partido Comunista Chinês à sua agenda nacional e internacional, ao projeto maoista e à questão do socialismo com características chinesas. A comparação do âmbito da guerra híbrida entre os Estados Unidos da América e da República Popular da China revela as diferenças entre a sua capacidade militar convencional e a sua cultura estratégica. A China tem utilizado métodos híbridos para reduzir a capacidade militar e económica dos EUA, enquanto aumenta o seu próprio arsenal militar. Como resposta, recentemente a superpotência norte-americana tem adotado uma posição mais assertiva em lidar com a interferência chinesa.
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