Risco de divórcio e conflito conjugal: o efeito moderador da satisfação coparental

A investigação tem demonstrado a relação entre o conflito conjugal e o risco de dissolução conjugal. No entanto, pouco tem sido estudado sobre o potencial efeito moderador da satisfação conjugal e da satisfação coparental nesta associação. O presente estudo teve dois objetivos. Em primeiro, examinar...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Matos, Carla Marisa dos Santos (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10437/7826
País:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/7826
Descrição
Resumo:A investigação tem demonstrado a relação entre o conflito conjugal e o risco de dissolução conjugal. No entanto, pouco tem sido estudado sobre o potencial efeito moderador da satisfação conjugal e da satisfação coparental nesta associação. O presente estudo teve dois objetivos. Em primeiro, examinar se indicadores sociodemográficos e o conflito conjugal iriam predizer o risco de divórcio em mães e pais casados ou em união de facto. Em segundo, testar se a associação entre o conflito conjugal e o risco de divórcio seria moderada pela satisfação conjugal e a satisfação coparental. Usando um design transversal, procedeu-se a um procedimento online de recolha de dados, onde as participantes responderam a questões sobre o risco divórcio, relação coparental e indicadores de qualidade conjugal. Estar envolvido numa relação conjugal heterossexual e com, pelo menos um filho, com o atual parceiro conjugal foram utilizados como critérios de inclusão. Participaram no estudo 512 participantes. O estudo encontrou que os indicadores sociodemográficos não contribuíram para a variância no risco de divórcio, sendo que o conflito conjugal explicou significativamente parte da variância no risco de divórcio. Verificou-se também que a associação entre o conflito conjugal e o risco de divórcio foi moderada pela satisfação coparental, e que participantes com elevada satisfação coparental e com baixo conflito conjugal apresentaram menores níveis de risco de divórcio, em comparação com os pais com baixa satisfação coparental e com baixo conflito conjugal. No entanto, pais com elevada satisfação coparental e com elevados níveis de conflito conjugal relataram maior risco de divórcio do que os participantes com baixa satisfação coparental e elevado conflito conjugal. A satisfação conjugal não apresentou um efeito moderador na associação entre conflito conjugal e risco de divórcio. Investigações futuras devem testar os mecanismos pelos quais pais com baixa satisfação coparental e elevado conflito conjugal apresentam menor risco de divórcio que aqueles com elevada satisfação coparental, usando, para o efeito, design longitudinais e medidas observacionais.