Summary: | Resumo: O crescente envelhecimento da população e por sua vez o declínio da mortalidade e natalidade são algumas das mudanças demográficas mais significativas experimentadas pela sociedade, especialmente pela mais desenvolvida, desde a segunda metade do século XX. Esta tendência de envelhecimento da população é quase irreversível. De acordo com o EUROSTAT (2017), a população com 80 ou mais anos deverá duplicar dos 5.4% para 12.4%, entre o período de 2016-2080. Deste modo, avaliar o bem-estar subjetivo da população envelhecida tem vindo a despertar a atenção entre os investigadores, bem como entre os responsáveis políticos nas áreas de política e económicas, de saúde e sociais. No entanto, pouco se sabe acerca das interpretações que os idosos têm sobre o seu próprio bem estar-subjetivo e a sua relação com os traços de personalidade. De forma a aferir esta relação, 200 idosos, de ambos os sexos com uma média de idade de 70.5 anos, responderam a um conjunto de questionários. Foram aplicados o Inventário de Temperamento e Carácter - Revisto (TCI-R), o questionário de avaliação de bem-estar WHOQOL-Bref (OMS), a escala Positive and Negative Affect Schedule, versão portuguesa (PANAS II) e um breve questionário de levantamento de questões sociodemográficas. Globalmente, constatamos que os idosos estão satisfeitos com a sua vida e têm uma apreciação positiva acerca do seu bem-estar subjetivo nas suas diversas dimensões. Verificamos, igualmente, a existência de uma correlação estatisticamente positiva entre a qualidade vida e as macro dimensões temperamento e carácter; entre os afetos positivos e o bem-estar subjetivo, entre os afetos positivos e os índices de felicidade e entre os índices de felicidade e o bem-estar subjetivo.
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