Resumo: | No contexto das respostas sociais formais a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados assume particular relevo pelo apoio que presta aos indivíduos portadores de dependências e incapacidades, às famílias e comunidades. De acordo com o Decreto-Lei nº 101/2006 que cria a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, entende-se por este tipo de cuidados “o conjunto de intervenções sequenciais de saúde e ou de apoio social, decorrente de avaliação conjunta, centrado na recuperação global entendida como o processo terapêutico e de apoio social, activo e contínuo, que visa promover a autonomia melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social” (p 3857). Na perspectiva da RNCCI, os cuidados continuados constituem um nível de cuidados que atravessa de forma transversal o Sistema Nacional de Saúde e o Apoio social por meio das equipas de gestão de altas (EGA) e equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos (EIHSCP), insere-se nos hospitais e, com as equipas referenciadoras dos Centros de Saúde (ER), as Equipas de Coordenação Local (ECL), bem como as equipas de cuidados continuados integrados no domicílio (ECCI), interligando-se com o nível dos cuidados de saúde primários. Este modelo de cuidados assenta na concepção de uma composição e funcionamento em rede onde as diferentes tipologias de respostas fazem a articulação entre o nível hospitalar e o nível de cuidados primários, criando uma rede na organização de cuidados. Com os objectivos de Conhecer a representação social sobre os cuidados continuados dos cuidadores informais de pessoas dependentes e de identificar as experiências vividas e mudanças ocorridas na vida do cuidador informal, foi desenvolvido um estudo de carácter fenomenológico.
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