Resumo: | Diante do decréscimo da pertença comunitária que se verifica no seio do cristianismo, onde aumenta gradualmente o número daqueles que se declaram cristãos mas não fazem decorrer daí uma pertença comunitária, o presente estudo pretende caraterizar a exigência da «opção preferencial pelos pobres», central no modelo pastoral do Papa Francisco, como uma proposta de revalorização da identidade comunitária da experiência cristã. Falar de pobreza requer um discurso sóbrio e consciente, um discurso que não fique somente pelas palavras, mas que se concretize em gestos e ações que potenciem o desenvolvimento integral das pessoas. Neste sentido, este estudo elabora uma aproximação conceptual da pobreza, onde se evidenciam as dimensões económicas, sociais e antropológicas, apresenta as raízes teológicas do pensamento e ação do Papa Francisco, para que se compreenda como, na sua trajetória, se afirma esta opção preferencial pelos pobres. Por fim, ensaia-se uma formulação de critérios para uma pastoral comunitária valorizadora da opção preferencial pelos pobres.
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