Conceções de adolescentes dos 10 aos 18 anos sobre educação sexual e sexualidade

A Lei n.º 60/2009 e a Portaria n.º 196-A/2010 regulamentam a aplicação da Educação Sexual (ES) em meio escolar tornando obrigatória a sua abordagem desde o 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) até ao Ensino Secundário. Contudo, muitos projetos de ES não consideram as necessidades do seu público-alvo, o...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marinho, Susana (author)
Other Authors: Anastácio, Zélia (author)
Format: bookPart
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1822/21340
Country:Portugal
Oai:oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/21340
Description
Summary:A Lei n.º 60/2009 e a Portaria n.º 196-A/2010 regulamentam a aplicação da Educação Sexual (ES) em meio escolar tornando obrigatória a sua abordagem desde o 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) até ao Ensino Secundário. Contudo, muitos projetos de ES não consideram as necessidades do seu público-alvo, o que limita a sua eficácia. Neste trabalho procuramos averiguar conceções e necessidades de adolescentes relativamente à ES, para delinear uma intervenção adequada às suas necessidades. Para tal elaborámos um questionário para aplicação a discentes de 2.º e 3.º CEB, de um agrupamento de escolas do concelho do Porto. Para que o questionário se adequasse plenamente aos propósitos desta investigação optámos por ser nós a construí-lo e validá-lo, através de um estudo piloto. Os questionários foram preenchidos on-line e os dados obtidos foram tratados estatisticamente recorrendo ao programa informático SPSS. Responderam 397 alunos (192 do sexo feminino e 205 do sexo masculino). A média de idades dos respondentes foi de 13 anos, tendo os mais novos 10 anos e os mais velhos 18. Relativamente à distribuição dos alunos pelos diferentes anos de escolaridade, 85 frequentavam o 5.º ano, 84 estavam no 6.º ano, 55 estudavam no 7.º ano, 95 no 8.º ano e 78 frequentavam o 9.º ano de escolaridade. Obtivemos dados sobre os temas que mais lhes interessam, encontrando relações de dependência significativa entre alguns dos temas apresentados e o sexo dos alunos. Encontramos também diferenças nas respostas dadas pelos alunos de 2.º e de 3.º CEB sobre o papel da escola na ES. Verificámos que as fontes de informação a que os alunos recorrem são variadas e que a preferência por determinadas fontes de informação varia consoante o nível de ensino que estes alunos frequentam, bem como com o género a que pertencem. Pensamos, e temos evidências bibliográficas, que um projeto de ES que considere as necessidades e conceções do seu público-alvo poderá envolvê-lo mais facilmente nas suas atividades.