Determinação do estado imunitário para a rubéola numa população feminina com IgG duvidosa ou negativa

RESUMO: A rubéola é uma doença viral muitas vezes assintomática, no entanto, torna-se particularmente grave se a infeção ocorrer durante a gravidez, principalmente no 1º trimestre, podendo originar a tríade clássica de cataratas, anomalias cardíacas e surdez neurossensorial ou resultar em morte prem...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Costa, Sara Isabel Margarido (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10362/93885
País:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/93885
Descrição
Resumo:RESUMO: A rubéola é uma doença viral muitas vezes assintomática, no entanto, torna-se particularmente grave se a infeção ocorrer durante a gravidez, principalmente no 1º trimestre, podendo originar a tríade clássica de cataratas, anomalias cardíacas e surdez neurossensorial ou resultar em morte prematura. A determinação do estado imunitário para o vírus da rubéola é atualmente efetuada por imunoensaios comerciais que determinam a concentração da IgG específica. No entanto, e apesar dos testes disponíveis se encontrarem calibrados com o Padrão Internacional da OMS e os resultados serem dados em UI/mL, estes podem diferir e levar a interpretações incorretas. No presente trabalho foi utilizada técnica de Immunoblot (IB) para analisar 146 amostras previamente analisadas por dois imunoensaios comerciais no CMLGS e cujos resultados tinham sido negativos ou equívocos. Os resultados obtidos mostraram que na maioria (81%) das mulheres foram detetadas IgG para o vírus da rubéola, ao contrário do que tinha acontecido com os imunoensaios comerciais. As 24 amostras que foram negativas no IB também tinham sido nos dois imunoensaios comerciais. Analisando as duas variáveis, resultados obtidos com o IB e respostas sobre o estado vacinal, verificou-se a existência de uma correlação, estatisticamente significativa, dado que se observou que a maioria das mulheres com IB positivo tinham sido previamente vacinadas. Apenas num caso uma mulher afirmou estar vacinada, tendo o IB sido negativo. Os nossos resultados demonstram que a realização do IB pode diminuir substancialmente o número de resultados falsamente negativos sobre o estado imunitário para a rubéola na população feminina e as consequentes revacinações. A aplicação do IB em casos selecionados, nomeadamente nos casos em que o estado vacinal é desconhecido e que os testes de rotina foram negativos ou equívocos, deverá ser um assunto de discussão alargado e multidisciplinar, envolvendo as autoridades de saúde. Palavras-chave: rubéola, immunoblot, imunoensaios comerciais, IgG da rubéola, vacinação