Summary: | O número de répteis em cativeiro está a aumentar, estando a tornar-se mais populares como animais de estimação em coleções privadas, em zoológicos e atrações relacionadas com fins educacionais. Além disso muitas espécies ameaçadas de extinção estão a ser criadas em cativeiro como parte de programas cooperativos de reprodução e reintrodução entre diferentes instituições (DeNardo et al., 2002; Kramer, 2006; Rivera, 2008; Snyder et al., 1996). (Robyn H. Pimm, 2013) Embora tenham sido desenvolvidas diretrizes específicas para a criação de animais em cativeiro, tendo como base os seus contrapartes selvagens, restam alguns desafios que podem afetar a saúde e o bem-estar a longo prazo dos animais. É difícil replicar fatores que têm um papel fundamental na regulação de eventos comportamentais e fisiológicos como as variações sazonais de temperatura, humidade, fotoperíodo e disponibilidade de presas / alimentos. Como resultado, o início ou recrudescimento de diferentes estágios do ciclo reprodutivo e os comportamentos de corte, acasalamento e nidificação podem ser afetados negativamente (DeNardo, 2002; Greenberg e Wingfield, 1987). Durante o estágio curricular foram observados alguns répteis, sendo que quatro deles apresentaram-se com distócia reprodutiva, uma situação muito comum em répteis fêmeas em cativeiro. A maioria das patologias reprodutivas, especialmente distócias advêm de um mau maneio geral, incluindo maneio nutricional, pois, como já referido, o ambiente recriado em cativeiro não é adequado ao animal e qualquer estímulo stressante nas últimas fases da reprodução, pode causar uma rutura no funcionamento normal da função reprodutiva. As espécies reptilianas que mais frequentemente surgem para consulta pertencem à ordem Chelonia e subordens Sauria e, menos frequentemente, Serpentes e será nestes que esta dissertação irá incidir.
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