Biomonitorização da exposição profissional ao crómio hexavalente: contributo para proposta de valores-limite biológicos

O crómio hexavalente (Cr ( VI ) ) é um agente cancerígeno para o ser humano, estando na origem de cancro no pulmão. As indústrias em que ocorre exposição ao Cr ( VI ) incluem a produção, utilização e soldadura de metais e ligas contendo crómio. O presente estudo tem como objetivo analisar os resulta...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pinhal, Hermínia (author)
Outros Autores: Nogueira, Ana (author), Santos, Sílvia (author), Ribeiro, Edna (author), Ladeira, Carina (author), Viegas, Susana (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.18/8398
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.insa.pt:10400.18/8398
Descrição
Resumo:O crómio hexavalente (Cr ( VI ) ) é um agente cancerígeno para o ser humano, estando na origem de cancro no pulmão. As indústrias em que ocorre exposição ao Cr ( VI ) incluem a produção, utilização e soldadura de metais e ligas contendo crómio. O presente estudo tem como objetivo analisar os resultados de monitorização ambiental e biológica da exposição profissional ao Cr ( VI ) no âmbito da participação portuguesa na Iniciativa Europeia de Biomonitorização Humana (HBM4EU ). O estudo envolveu 50 trabalhadores expostos a Cr ( VI ) e 27 controlos. Realizou-se monitorização ambiental, por amostragem pessoal do ar, para estudar a exposição a Cr ( VI ) e monitorização biológica ( urina e eritrócitos ). Os resultados obtidos neste estudo sugerem que os pintores são o grupo com maior exposição externa e interna ao Cr ( VI ). Os trabalhadores dos banhos eletrolíticos apresentam uma exposição relevante, quando comparada com o valor limite de exposição de 0,005 mg/m3 apesar de consideravelmente inferior à dos pintores. Os resultados das medições de Cr-U pós-turno, quando agregados ao nível do grupo profissional apresentaram boa correlação ( ρ=0,63 ) com a fração respirável de Cr ( VI ) no ar, apoiando a utilização do Cr-U para a biomonitorização da exposição ao Cr ( VI ) nos locais de trabalho. A diferente cinética dos indicadores biológicos estudados pode ser a razão pela qual não se verificou uma boa correlação entre Cr-U pós-turno e Cr-RBC ( ρ<0,5 ), no entanto podem fornecer informação complementar relevante para a prevenção.