Summary: | A revisão efectuada não será de modo algum exaustiva nem esse era ou poderia ser o seu objectivo. A produção sobre o tema dos grupos e equipas tem crescido em ritmo geométrico e mesmo quando limitada a um quadro conceptual restrito é difícil uma leitura integrativa e muito menos conclusiva. Acresce que o estudo dos grupos tende a atrair a atenção de diversas disciplinas que pelas suas afinidades, convida à diluição das fronteiras. Temos para nós que uma marca do diálogo interdisciplinar reside na capacidade do discurso produzido poder ser reconhecido por diferentes olhares disciplinares sem invocar a legitimidade dos direitos de autor. Muitos temas teriam ficado por abordar em grande medida por constituírem objecto doutros capítulos. Não constituem os grupos o tema por excelência da psicologia social? Daí que este capitulo deva ser necessariamente articulado a temas como a influência social, identidade social, relações inter-grupos, cognição social, conflitos e negociação… Subsistem todavia temas, como será o caso da liderança, que optamos por não incluir dado o seu quase exclusivo desenvolvimento na literatura sobre gestão organizacional. Mas também aqui a opção é discutível, na medida em que as fronteiras tradicionais tendem a esbater-se, dando eventualmente lugar a novas delimitações disciplinares. Em termos de tendências futuras julgamos todavia ter assinalado, ainda que de passagem, a emergência dos novos laboratórios, abertos pelas simulações computacionais, o recurso aos sistemas não lineares, a análise multinivel, num contexto de complexidade que a nova ciência permite alargar ao estudo dos fenómenos sociais.
|