Summary: | A presente investigação versa sobre a incidência e prevalência de úlceras por pressão nos utentes institucionalizados numa Unidade de Longa duração e Manutenção, pela pertinência da temática já que a incidência reflecte o desenvolvimento de novas úlceras por pressão, enquanto a prevalência tem em conta os utentes que apresentam úlceras por pressão no momento, sendo ambos fatores que podem potenciar a melhoria da qualidade da prestação de cuidados de saúde. Assim, pretende-se com esta investigação concretizar os seguintes objetivos: Estabelecer a caraterização dos utentes institucionalizados numa ULDM; Calcular a incidência das úlceras por pressão numa Unidade de Longa Duração e Manutenção da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados no período compreendido entre 12 de Setembro de 2014 e 30 de Junho de 2016; Analisar a prevalência de úlceras por pressão numa Unidade de Longa Duração e Manutenção da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados no mesmo período de tempo; Avaliar os fatores associados à incidência e prevalência de úlceras por pressão numa Unidade de Longa Duração e Manutenção da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados no mesmo período de tempo. Para a sua concretização optou-se por uma metodologia quantitativa desenhando um estudo retrospetivo, descritivo e analítico, utilizando uma recolha de dados que teve como base instrumental a ferramenta informática disponibilizada pela Unidade, durante o período de 12 de Setembro de 2014 a 30 de Junho de 2016, perfazendo o total de 119 participantes. Os resultados obtidos apontam para uma prevalência de 35,3% e uma incidência de 6,7%, abaixo dos valores apontados por outros estudos nacionais, em que os fatores predisponentes como a desnutrição, a imobilidade, a incontinência urinária e fecal, foram os que mais se evidenciaram na população estudada. Apresentam-se correlações significativas indicadoras de que a um maior tempo de internamento, corresponde um maior número de úlceras por pressão mas também a um maior número de úlceras por pressão cicatrizadas. Com os resultados obtidos conclui-se da necessidade cada vez mais premente em se apostar na prevenção das úlceras por pressão, não só para diminuir o sofrimento que causam, mas também enquanto indicadores da qualidade dos cuidados de saúde prestados, diminuindo ainda o impacto económico que acarretam. Concluiu-se ainda que no momento de admissão existe um maior risco de desenvolvimento das úlceras por pressão, diminuindo esse risco ao longo do internamento, aquando da sua cicatrização e que a um maior risco de desenvolvimento de úlceras por pressão na admissão, corresponde um nível menor de independência e este risco de desenvolvimento de úlceras por pressão é menor, quanto maior for a independência, principalmente no momento da alta.
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