Resumo: | A avaliação da sustentabilidade da cadeia vitivinícola deverá permitir identificar pontos críticos e quantificar eventuais impactes ambientais. Por outro lado, a variabilidade das condições climáticas no Mediterrâneo e a tendência para eventos climáticos mais extremos (secas severas, ondas de calor) colocam desafios crescentes ao setor vitivinícola na região, nomeadamente em termos da sua sustentabilidade. O uso de água e a produção de águas residuais tratadas na cadeia de produção do vinho permanece insuficientemente quantificada nas regiões vitivinícolas do Sul da Europa, como é o Alentejo. Este trabalho centra-se na produção de vinho na região do Alentejo, onde a área de vinha regada aumentou de cerca de 400 ha em 1998 para mais de 10.000 ha em 2018, criando pressão sobre recursos hídricos e sobre o solo. Neste contexto, surge a necessidade de se poupar água e de avaliar as potencialidades de fontes alternativas de água, como a reutilização de água residual tratada. Estas práticas representam um desafio e uma oportunidade para o setor vitivinícola, pois a sua implementação permitirá sistemas de produção mais sustentáveis no âmbito do nexus água/ solo/energia, integrando a rentabilidade do investimento necessário. Neste minipaper, analisa-se a importância das métricas de água e são propostas estratégias de gestão de água e do solo mais eficientes na vinha
|