Resumo: | Resumo: A intervenção projetual em ruínas classificadas, pressupõe revisitar valores do passado. Estas integrações confundem-se, residualmente, com a identidade cultural, uma vez que não é possível viver o passado, mas sim consolidar os valores presentes do passado. Ainda que existam intervenções projetuais problemáticas no património edificado pela falta de rigor na intervenção, no sentido estético, na materialidade, ou na ausência de estudos arqueológicos, entre outros, urge a vontade de restaurar, readaptar, e principalmente, permitir a “continuidade” destes vestígios históricos ausentes no contexto contemporâneo. Na atualidade, está patente a opção da reabilitação de edifícios históricos em vez da sua substituição por novas construções mais funcionais. Podemos afirmar que a reabilitação, reconversão e restauro, são processos irrecusáveis nas metodologias arquitetónicas atuais, principalmente, no contexto urbano das cidades mais antigas. As ruínas, fazem parte da nossa história comum e encontram-se, em grande parte, desvalorizadas e obsoletas. Analisando os princípios e as teorias intervencionistas que se aproximam dos valores da ruína classificada, pretende-se agora aprofundar a simbiose entre o “velho” e o “novo” que justifique a intervenção projetual como fator valorativo. Para melhor compreensão e reflexão temática, são analisados distintos casos de estudo sobre intervenções projetuais similares. Por fim, apresenta-se a proposta projetual da intervenção na ruína classificada do Solar dos Magalhães, como um exercício que “materializa” os estudos efetuados e ensaia, principalmente, a uma metodologia de intervenção no património histórico.
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