Desenvolvimento do comércio rural através do reforço do movimento associativo na província

A pobreza no meio rural é um problema com que a humanidade se debate. Segundo o Relatório Anual do Banco Mundial (2017), 80 por cento dos pobres vivem no meio rural. O objetivo principal do estudo é caracterizar a área de intervenção (zona rural subdesenvolvida) e efetuar o diagnóstico do tecido emp...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lima, António da Fonseca (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.22/11808
Country:Portugal
Oai:oai:recipp.ipp.pt:10400.22/11808
Description
Summary:A pobreza no meio rural é um problema com que a humanidade se debate. Segundo o Relatório Anual do Banco Mundial (2017), 80 por cento dos pobres vivem no meio rural. O objetivo principal do estudo é caracterizar a área de intervenção (zona rural subdesenvolvida) e efetuar o diagnóstico do tecido empresarial rural da Huíla (Angola). É com base nesse diagnóstico, que se desenvolverá um projeto empresarial de desenvolvimento da região, que inclua o reforço do associativismo empresarial. Para efetuar o referido diagnóstico recolheram-se dados junto de dois tipos de destinatários: pequenos empresários locais e funcionários municipais, respeitando os princípios éticos subjacentes à inquirição de pessoas. A metodologia incluiu um questionário aplicado ao primeiro grupo, e entrevistas realizadas aos funcionários municipais, responsáveis pelas áreas do comércio e agricultura. Foram inquiridos cento e quarenta e sete pequenos empresários e entrevistada a totalidade (oito) dos diretores municipais. Após a recolha dos dados, utilizaram-se técnicas da Estatística Descritiva e testes da Estatística Inferencial para analisar os resultados. Os principais resultados mostram que, na região, predominam os empresários com preponderância clara de homens, na faixa etária dos quarenta anos, e que concluíram o ensino obrigatório. Muito poucos conseguem fazer negócio fora da província e os agricultores socorrem-se da mão de obra familiar. Já os comerciantes conseguem atingir volumes de vendas mais expressivos (> 1000 euros/mês), tendo-se constatado que existe uma associação entre o número de empregados que estes têm e o volume de vendas. Constatou-se também que o associativismo é muito incipiente na região, principalmente entre os comerciantes; e isto porque os agricultores têm mais vantagens em associarem-se (p.e., para obter o uso das terras e acesso a sementes). Numa região rural com pessoas empobrecidas e infraestruturas destruídas, espera-se que este estudo contribua para minorar o problema do subdesenvolvimento rural.