Infeção do trato urinário: agentes etiológicos e padrão de resistência local

Introdução: A infeção urinária é uma patologia comum em idade pediátrica. A antibioterapia deve ser iniciada empiricamente antes do isolamento do agente causal e os fármacos utilizados devem ter em conta os microrganismos e o padrão de resistência local. Objetivos: Identificação dos agentes etiológi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Brito,Hernâni (author)
Other Authors: Gonzaga,Diana (author), Pereira,Paulo (author), Rocha,Liliana (author), Matos,Paula (author)
Format: article
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542012000400002
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S0872-07542012000400002
Description
Summary:Introdução: A infeção urinária é uma patologia comum em idade pediátrica. A antibioterapia deve ser iniciada empiricamente antes do isolamento do agente causal e os fármacos utilizados devem ter em conta os microrganismos e o padrão de resistência local. Objetivos: Identificação dos agentes etiológicos de infeção urinária e os seus padrões de resistência antibiótica no nosso hospital. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos resultados das uroculturas realizadas em crianças num hospital terciário entre Janeiro de 2009 e Junho de 2010. Resultados: 257 uroculturas correspondentes a 176 doentes (68% ♀) foram analisadas. A idade mediana foi quatro anos. Os agentes mais frequentes foram E. coli (55%), P. mirabilis (16%) e Klebsiella (14%). A resistência aos antibióticos foi de: 59% ampicilina, 18% amoxicilina / ácido clavulânico, 22% cefuroxime e cefaclor, 37% cotrimoxazol, 26% nitrofurantoina e inferior a 10% para ceftriaxone, ceftazidime e gentamicina. Conclusões: A resistência antibiótica tem aumentado e constitui um aspeto a refletir. De entre os fármacos geralmente usados para tratamento acima dos três meses de idade, a amoxicilina/ácido clavulânico e o cefuroxime apresentam valores semelhantes, pelo que o uso da associação amoxicilina/ácido clavulânico como fármaco de primeira linha se mantém uma boa opção terapêutica.