Empresas familiares: motivação de colaboradores não pertencentes à família na hotelaria portuguesa

A problemática desta investigação recai sobre a possibilidade de as empresas familiares no ramo hoteleiro em Portugal não serem capazes de motivar e reter “recursos humanos de talento” não pertencentes à família. A metodologia utilizada foi o estudo do caso com recurso a dez casos, tendo-se realizad...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ali, Zahra Assaraf (author)
Format: doctoralThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/10226
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/10226
Description
Summary:A problemática desta investigação recai sobre a possibilidade de as empresas familiares no ramo hoteleiro em Portugal não serem capazes de motivar e reter “recursos humanos de talento” não pertencentes à família. A metodologia utilizada foi o estudo do caso com recurso a dez casos, tendo-se realizado trinta entrevistas aprofundadas. Selecionaram-se seis casos pertencentes ao ranking dos tops vinte de hotelaria em termos de números de quartos ou apartamentos e os remanescentes com base no serviço prestado. Evidenciou-se o nepotismo, não só na fase do recrutamento e seleção, mas também, principalmente, aquando da progressão na carreira. Adicionalmente, verificou-se a existência de conflitos internos entre proprietários familiares com repercussões sobre profissionais não familiares. Estes motivos podem contribuir para a preferência de gestores qualificados por empresas não familiares. Por outro lado, destacaram-se fatores motivadores derivados do familiness, incluindo maior informalidade, maior possibilidade de concretizar visões individuais, menor burocracia e, ainda, os gestores familiares terem carácter, serem mercedores de confiança, terem fortes competências de comunicação e um estilo de liderança cooperativo. Confirmou-se o altruísmo de familiares, que se sacrificaram prescindindo dos salários em prol da empresa. O salário foi condição necessária mas insuficiente para atração de talentos. Fatores intrínsecos como o gosto pelo trabalho bem como o desenvolvimento pessoal e profissional foram relevantes. Fatores extrínsecos como a imagem corporativa da empresa, o prestígio, a dimensão da empresa e a solidez foram referidos. Conclui-se que a motivação é importante, contrariando a concentração de estudos existentes sobre a monitorização destes colaboradores.