Educação para a sexualidade:as representações sociais das educadoras de infância

Este artigo reporta-se a um estudo que teve como objectivo investigar quais as representações sociais dos educadores de infância sobre a educação para a sexualidade na educação pré-escolar, especificamente nas seguintes dimensões: fontes de informação, informação, crenças, atitudes e intenções compo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Monteiro, Nádia (author)
Other Authors: Pereira, Vânia (author), Piscalho, Isabel (author)
Format: article
Language:por
Published: 2011
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.15/428
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipsantarem.pt:10400.15/428
Description
Summary:Este artigo reporta-se a um estudo que teve como objectivo investigar quais as representações sociais dos educadores de infância sobre a educação para a sexualidade na educação pré-escolar, especificamente nas seguintes dimensões: fontes de informação, informação, crenças, atitudes e intenções comportamentais. Metodologicamente, tratou-se de um estudo quantitativo e descritivo em que foi aplicado um questionário a uma amostra significativa de 86 educadoras de infância do concelho de Santarém, pertencentes a instituições da rede pública, privada e cooperativa. Como resultados mais significativos regista-se o facto de as inquiridas afirmarem que existe pouca (in)formação sobre esta temática na educação pré-escolar. A falta de formação percepcionada pelas educadoras leva-as a sentirem-se inseguras para iniciar actividades e projectos nesta área, uma vez que consideram que os manuais de sustentação teórica dão indicações/informações pouco claras sobre o tema e as oportunidades para os profissionais da educação se especializarem sobre os assuntos relacionados com a educação para a sexualidade são escassas. Afirmam, ainda, que as crianças que frequentam o jardim-de-infância têm por hábito colocar muitas questões sobre sexualidade, contudo, consideram que as respostas nem sempre são dadas adequadamente devido à insegurança inerente à falta de formação das educadoras de infância nesta área específica. Por outro lado, as educadoras inquiridas encaram a educação para a sexualidade tão importante como outras áreas e defendem que esta deve começar a ser abordada desde a educação pré-escolar (3-6 anos). No entanto, verificou-se que este é um dos temas menos frequentes nos projectos curriculares das inquiridas. Constatou-se, ainda, que a família é um elemento essencial na educação para a sexualidade, surgindo como primeira opção dos inquiridos quando questionados sobre a quem compete abordar este tema com as crianças.Abstract This article refers to a study that aimed to investigate the social representations of kindergarten teachers on education for sexuality in pre-school, specifically in the following dimensions: information sources, information, beliefs, attitudes and behavioral intentions. Methodologically, this was a descriptive and quantitative study in which a questionnaire was administered to a representative sample of 86 kindergarten teachers in the municipality of Santarém, belonging to public, private and cooperative schools. More significant results indicate the respondents’ assertion that there is little (in) formation on the subject in pre-school. Lack of training is perceived by the educators and leads them to feel insecure to initiate activities and projects in this area. They consider that some manuals provide theoretical support but unclear information on the subject. Also the opportunities for education professionals to specialize on matters related to education for sexuality are scarce. They claim, furthermore, that children who attend kindergarten, usually ask many questions about sexuality, however, the answers given are not always adequate due to the insecurity derived, in their view, from the poor training of kindergarten teachers in this specific area. Furthermore, the surveyed educators regard education for sexuality as important as other areas and argue that this should begin to be addressed from pre-school (3-6 years). However, we observed that this is one of the less common themes in the curriculum projects surveyed. the family was also perceived as an essential element in education for sexuality, emerging as first choice of respondents when asked about who is to address this issue with children.