Summary: | As redes sociais online têm vindo a ganhar terreno no dia-a-dia da sociedade. Atualmente, tem- se acesso a um vasto leque de informação que, muitas das vezes, nos é sugerido através do algoritmo. As redes sociais online mais do que fontes de informação são palcos de autoapresentação que estão disponíveis para um avultado número de indivíduos. É também nestes espaços que alguns utilizadores decidem, através de estratégias de autoapresentação, vincular ideais, pensamentos e valores. Quando atingido um número considerável de seguidores os utilizadores passam a ser considerados influencers tendo assim a possibilidade de ampliar o alcance da mensagem que pretendem transmitir. Em redes sociais online como o Instagram a presença do algoritmo é notória, ainda que não se lhe preste a devida atenção. Numa plataforma onde a regra “primeiro imagem, depois texto” é lei máxima, a comunicação é feita sobretudo através de uma cultura visual. Esta predominância imagética associada à gestão feita pelo algoritmo pode levantar questões relativas ao género, uma vez que o corpo feminino é frequentemente alvo de censura. O desenho da pesquisa, assente numa metodologia qualitativa, permitiu concluir que o Instagram tanto pode ser veículo de empoderamento feminino como pode funcionar enquanto elemento opressor, sendo esta última nuance causada pelo algoritmo.
|