Summary: | O presente trabalho descreve um projeto desenvolvido no âmbito das unidades curriculares de Prática Pedagógica Supervisionada (PPS) e Seminário de Investigação Educacional (SIE) do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, da Universidade de Aveiro. Tratou-se de um projeto de intervenção direcionado para a promoção do desenvolvimento social das crianças, em contexto de educação pré-escolar. Considerando a influência que a família tem no comportamento social e emocional da criança, já que é na família que a criança cresce e conhece as experiências mais influentes na sua vida, quer positivas quer negativas, e considerando, sobretudo, o papel que o educador pode ter no desenvolvimento social da criança, os objetivos do estudo foram: (1) identificar alguns comportamentos nas famílias destas crianças que ajudem a compreender o seu comportamento; (2) compreender de que forma o comportamento do adulto/educador pode favorecer o desenvolvimento social das crianças e o seu bem estar emocional; (3) perceber se as atividades propostas pelo adulto/educador às crianças pode facilitar o desenvolvimento da sua competência social e do seu bem estar emocional. No sentido de concretizar estes objetivos foi entregue às famílias das crianças do nosso estudo um questionário, com o qual pretendíamos obter algumas informações relevantes para melhor compreender o comportamento das crianças. O adulto/educador, sendo um modelo de referência para as crianças, adotou uma postura reflexiva em torno das suas próprias atitudes e comportamentos relacionais e procurou modelar competências sociais positivas, tentando estabelecer relações empáticas e cooperantes com todas as crianças, ajudando as crianças a apropriarem-se de comportamentos sociais positivos, recorrendo ao encorajamento e elogio sempre que era necessário; ainda, procurou-se realizar atividades que, intencionalmente, favorecessem o desenvolvimento de comportamentos sociais adequados, bem como promover a autonomia das crianças manifestando-se abertura e recetividade face às ideias e interesses das crianças. Concluímos que os comportamentos das crianças, em grande parte, parecem ser influenciados pelas suas experiências familiares, e que o comportamento adotado pelo adulto/educador também se repercute na criança, sendo importante que cada uma se sinta segura, estimada e valorizada pelo adulto. Por fim, conclui-se que as atividades propostas para facilitarem o desenvolvimento da competência social e do bem estar emocional, têm que, acima de tudo, ir ao encontro dos interesses das crianças, sendo atraentes e despertando nelas motivação e prazer.
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