Resumo: | Os desequilíbrios espaciais que podem ser observados numa unidade geográfica possibilitam diversas classificações, uma das quais acolhe na sua nomenclatura os territórios de baixa densidade. Nestes territórios justifica-se uma intervenção com atributos específicos, pelo que o presente trabalho enquadra-se nas abordagens centradas em tais territórios. O Alentejo é um desses territórios de baixa densidade, e carateriza-se pela aversão ao risco e por um reduzido espírito empreendedor, panorama que diversas entidades têm procurado modificar nos últimos anos. Assim, no que se prende com a criação de empresas, o incentivo e apoios (ao abrigo de políticas públicas e protagonizados por diversas entidades de base local e regional) que têm sido concentrados na promoção do empreendedorismo, foram reforçados no Alentejo Central com a implementação do projeto WINNET 8. Com este trabalho, pretende-se identificar experiências de empreendedorismo que contribuem para a revitalização da base económica do Alentejo, e verificar a respetiva articulação com as estratégias de desenvolvimento já implementadas e previstas na estratégia 2020 por atores regionais e locais. A metodologia adotada assenta em pesquisa bibliográfica e recolha de informação junto dos empreendedores e atores regionais e locais que implementam as estratégias de desenvolvimento definidas para o Alentejo. A estrutura do trabalho inclui os seguintes pontos: i) enquadramento teórico-conceptual sobre os territórios de baixa densidade; ii) estratégias de desenvolvimento no Alentejo; iii) casos de empreendedorismo; iv) reflexões finais.
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