Summary: | A formação do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul) foi a resposta sul-americana às exigências da nova dinâmica da economia mundial. O novo bloco representou o ponto culminante de uma tendência que se vinha a fortalecer desde os anos 50, quando a Comissão Económica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) já estimulava maior integração e cooperação regional, e alastrou-se pelas décadas seguintes, com o processo de globalização. A necessidade de maior integração entre o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai tornava-se evidente, uma vez que, na actualidade, países vizinhos principalmente o Brasil e a Argentina não podiam estar isolados. Há que destacar que o ponto crucial do Mercosul não se restringe apenas a um espaço consumista de livre circulação, mas sim alcançar melhor qualidade de vida para os cidadãos, maior integração e desenvolvimento no âmbito económico e social. Obviamente que o Mercosul tem desafios extremamente complexos pela frente. Porém, o novo status internacional assumido mundialmente leva o direito à ousadia de afirmar que o caminho é correcto, porém é muito cedo para que seja feita uma avaliação quanto ao sucesso do Mercosul. Imprescindível será repensar a actual estrutura legislativa e a possível criação de um tribunal supranacional. Há uma clarividência no sentido de perceber que somente há essa saída e o tempo necessário para programar será determinante para o êxito do Mercosul num mercado globalizado.
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