Estudo de algumas doenças transmitidas por ixodídeos em cães da região do Alentejo litoral

Alguns agentes transmitidos por ixodídeos são a causa de doenças emergentes em cães e representam um desafio para o médico veterinário pela grande variedade de sinais clínicos que poderão originar. Os métodos laboratoriais quer sejam serológicos ou moleculares são úteis para distinguir co-infecções...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Vasconcelos, Pedro José Rente de (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10437/8496
País:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/8496
Descrição
Resumo:Alguns agentes transmitidos por ixodídeos são a causa de doenças emergentes em cães e representam um desafio para o médico veterinário pela grande variedade de sinais clínicos que poderão originar. Os métodos laboratoriais quer sejam serológicos ou moleculares são úteis para distinguir co-infecções e descrever a sua prevalência e distribuição geográfica. O presente estudo procurou detectar evidência de exposição, infecção ou doença causada por alguns agentes bacterianos transmitidos por ixodídeos, nomeadamente Ehrlichia canis, Borrelia burgdorferi s.l., Anaplasma phagocytophilum, Rickettsia conorii, Bartonella spp. e Coxiella burnetii, numa amostra de 24 cães doentes, com suspeita de doença transmitida por ixodídeo, atendidos num hospital veterinário na região do Alentejo Litoral. Foi obtido sangue total de cada cão para realização de esfregaço de sangue, técnicas de biologia molecular (PCR) e imunofluorescência (IFA). A seroprevalência detectada para os diferentes agentes nesta amostra de cães foi de 26%, 73,9%, 21,7%, 73,9%, 0% e 8,7% para E. canis, B. burgdorferi, A. phagocytophilum, R. conorii, B. henselae e C. burnetii, respectivamente. Em termos de prevalência de infecção, apenas foi detectada por PCR infecção por E. canis em três cães (12,5%), tendo a amplificação de ADN dos restantes agentes testados sido negativa em todos os cães. Os resultados obtidos evidenciam a elevada exposição de cães e, eventualmente, humanos na região Alentejo Litoral, a agentes bacterianos transmitidos por ixodídeos e, consequentemente, o alto risco de desenvolver doença causada pelos mesmos. Palavras-