Alexitimia e espontaneidade: Quando meia palavra afinal não basta

Alexitimia é o termo que descreve pessoas com dificuldade em reconhecer, processar e regular emoções. É considerada um factor de risco para alguns problemas de saúde ou psiquiátricos como o caso de abuso de substâncias, ataques de pânico, stress pós-traumático, doenças psicossomáticas e alimentares....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos , Ana Paula Moreira (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.12/4376
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/4376
Description
Summary:Alexitimia é o termo que descreve pessoas com dificuldade em reconhecer, processar e regular emoções. É considerada um factor de risco para alguns problemas de saúde ou psiquiátricos como o caso de abuso de substâncias, ataques de pânico, stress pós-traumático, doenças psicossomáticas e alimentares. A alexitimia reduz a probabilidade destes indivíduos responderem positivamente aos tratamentos convencionais aplicados a estas perturbações. Alguns estudos sugerem que intervenções terapêuticas, com estes sujeitos, que promovam a consciência emocional e integrem elementos simbólicos, podem ser eficazes na redução de características alexitímicas. Assim, relacionámos esta temática com a espontaneidade, visto que, a descoberta da potencialidade terapêutica da espontaneidade e os seus efeitos no reforço das interacções humanas, é uma das revelações mais intrigantes da psiquiatria moderna. O objectivo deste estudo é perceber que relação existe entre a alexitimia e a espontaneidade, qual a prevalência de cada uma, e atribuir um valor médio à espontaneidade, facto até à data inexistente. O método utilizado foi um estudo correlacional recorrendo aos instrumentos Toronto Alexithymia Scale-20 (TAS-20) e Revised Spontaneity Assessment Inventory (SAIR). A amostra é caracterizada por 2940 indivíduos de Portugal Continental. Com os resultados obtidos constatou-se uma prevalência significativa de elevada alexitimia na amostra e uma correlação negativa entre os valores obtidos na TAS-20 e no SAI-R. Consegiu-se um ponto de corte para classificar os scores do SAI-R em baixa, moderada e elevada espontaneidade.