Summary: | O aumento dos níveis de atividade física está associado a benefícios globais na saúde do indivíduo e meta-análises recentes mostram que o exercício físico pode ter uma eficácia na redução da pressão arterial comparável à terapêutica anti-hipertensora de primeira linha. Tradicionalmente considerava-se que o efeito anti-hipertensor do exercício físico era exclusivo do exercício de endurance e que o exercício de resistência, nomeadamente na sua vertente isométrica, seria prejudicial. Trabalhos publicados nos últimos anos parecem contrariar esta suposição. A evidência disponível é escassa mas aponta para que possa vir a desempenhar um papel na prevenção primária da hipertensão. Está também demonstrada a sua capacidade de influenciar positivamente outros fatores de risco cardiovascular como são a hipertrigliceridémia e o excesso de peso. O exercício físico assume um papel na prevenção primária e secundária da hipertensão. Na generalidade dos doentes, os benefícios associados à sua prática ultrapassam os potenciais riscos. Nos indivíduos em que estes riscos não sejam desprezáveis deve haver lugar a uma avaliação médica que permita a prescrição de um programa de exercício seguro e orientado para o paciente.
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