Summary: | Partindo da problemática da cidade contemporânea, como uma cidade difusa, fragmentada, desumanizada e sem identidade, como consequência de mutações sociais, económicas, espaciais e tecnológicas, emerge a necessidade de humanizar o espaço. Através de perspectivas de autores como Jordi Borja e Jan Gehl, permite-nos constatar que a cidade tem que voltar a se afirmar como um verdadeiro lugar antropológico para a afirmação da cidadania através da introdução de elementos que permitam uma maior e melhor fixação populacional nas cidades, permitindo assim a humanização dos espaços, recorrendo a programas arquitectónicos humanizadores, como instrumentos para regenerar estes centros urbanos fragmentados e desumanizados. Atendendo aos valores assimilados ao longo da reflexão teórica, juntamente com a identificação das fragilidades do local, entendemos que a regeneração urbana de Santa Maria da Feira, só poderá ser verdadeiramente conseguida através de um novo pólo aglutinador, um Interface de Comunicações Multifuncional, que permitirá uma constante dinamização na relação do utilizador com a cidade e o espaço público, mas também com os elementos construídos. Concluímos então que para humanizar o espaço, através de um correcto elenco programático, este terá que ser dinâmico de forma a conseguir responder às mutações sociais que poderão ocorrer, permitindo sempre uma forte relação entre o individuo e o espaço da cidade. O ICM - SMF, surge assim como o elemento que articulará as dinâmicas migratórias intra e intermunicipais, reformulando os esquemas de fluxos existentes, a um programa complementar multifuncional, com forte cariz identitário, permitindo potenciar as infraestruturas existentes, dinamizando e preservando sempre a dimensão e o papel do cidadão na cidade.
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