A psicoeducação na adesão terapêutica em utentes com esquizofrenia: Uma scoping review

CONTEXTO: A esquizofrenia é uma doença crónica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A não adesão aos projetos terapêuticos está presente em 50% dos utentes com doença crónica.Torna-se necessário recorrer a uma intervenção que capacite os indivíduos a aderirem ao tratamento, sendo a interven...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Vilar,Tânia (author)
Outros Autores: Nogueira,Maria José (author), Valentim,Olga (author), Seabra,Paulo (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602020000300015
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S1647-21602020000300015
Descrição
Resumo:CONTEXTO: A esquizofrenia é uma doença crónica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A não adesão aos projetos terapêuticos está presente em 50% dos utentes com doença crónica.Torna-se necessário recorrer a uma intervenção que capacite os indivíduos a aderirem ao tratamento, sendo a intervenção mais indicada, a psicoeducação. A efetividade desta intervenção junto de pessoas com esquizofrenia é, no entanto, desconhecida com rigor. OBJETIVO(S): Mapear os efeitos da psicoeducação na adesão terapêutica em pessoas com esquizofrenia. MÉTODOS: Realização de uma scoping review, com base nas recomendações do Joanna Briggs Institute.Realizou-se uma pesquisa na plataforma EBSCO e nas bases de dados PubMed e Scielo em junho 2018, procurando-se estudos no período temporal de seis anos (2012 a 2018). RESULTADOS:Foram identificados 15 artigos e após a aplicação dos critérios de inclusão previamente definidos, foram selecionados três estudos para análise final. As intervenções realizadas nesses estudos foram: a aplicação do Nursing Psychoeducation Program; a visualização de filmes produzidos pela Alliance Psychoeducation Program e a realização de sessões de psicoeducação (com role - play). Em todas elas, usando medidas específicas antes e após as intervenções psicoeducacionais, verificou-se um aumento do conhecimento sobre a perturbação mental e uma mudança de atitude face à adesão ao regime medicamentoso. CONCLUSÕES: Destaca-se a efetividade das técnicas psicoeducacionais em pessoas com esquizofrenia e salienta-se a relevância dos enfermeiros especialistas de saúde mental e psiquiátrica na equipa interdisciplinar no planeamento de intervenções psicoeducacionais.