Das pessoas e seus lugares: mobilidade quotidiana e desigualdades socioterritoriais na Lisboa metropolitana

A investigação pretende dar um contributo para o estudo das práticas e representações dos percursos de mobilidade quotidiana. Procura-se compreender a relação entre mobilidade geográfica, desigualdades sociais e discursos de diferenciação social e identidade territorial. O estudo foca-se na Área Met...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos, Sofia Alexandra de Oliveira Gomes Melo dos (author)
Format: doctoralThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/11468
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/11468
Description
Summary:A investigação pretende dar um contributo para o estudo das práticas e representações dos percursos de mobilidade quotidiana. Procura-se compreender a relação entre mobilidade geográfica, desigualdades sociais e discursos de diferenciação social e identidade territorial. O estudo foca-se na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Considera-se a estrutura urbana enquanto fornecedora de possibilidades e constrangimentos para a mobilidade dos indivíduos e das famílias e factor determinante na maior ou menor acessibilidade aos lugares (de trabalho, residência, lazer, família, etc.). Neste sentido importa averiguar em que medida o planeamento urbano na AML integra uma perspectiva multidimensional sobre as mobilidades e reconhece o seu papel na reprodução das desigualdades socio-espaciais. A análise extensiva dos dados estatísticos demonstra uma multiplicidade de padrões de mobilidade quotidiana produzidos na justaposição de dinâmicas territoriais e sociais. A diversidade não esconde, contudo, a prevalência de estruturas desiguais, com a acumulação de vantagens ou, pelo contrário, de factores de periferização face ao tecido social e urbano. A sinalização de desigualdades territoriais, de rendimento, género ou de idade - entre outras identificadas nas práticas de mobilidade - em articulação com a leitura crítica das políticas, reforça a pertinência de trabalhar sobre as possibilidades que se apresentam às pessoas, e sobre a forma como são interpretadas e apropriadas, na tradução quotidiana das desigualdades na mobilidade.