Exportações e restrições financeiras: análise à indústria de calçado português

É anunciado na literatura que as empresas exportadoras possuem comportamentos distintos das empresas não exportadoras quando estão perante uma decisão de investimento (Campa e Shaver, 2002; Espanol, 2006; Manole e Spatareanu, 2010; Askenazy, Caldera, Gaulier e Irac, 2015; Manole e Spatareanu, 2015)....

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pinho, Sílvia Isabel Vidal (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/19078
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/19078
Descrição
Resumo:É anunciado na literatura que as empresas exportadoras possuem comportamentos distintos das empresas não exportadoras quando estão perante uma decisão de investimento (Campa e Shaver, 2002; Espanol, 2006; Manole e Spatareanu, 2010; Askenazy, Caldera, Gaulier e Irac, 2015; Manole e Spatareanu, 2015). Neste contexto, a presente dissertação tem como objetivo responder às seguintes questões: terão as empresas exportadoras mais restrições de liquidez do que as empresas não exportadoras perante uma decisão de investimento? Será que a atividade internacional que as empresas exportadoras exercem ajudará a enfrentar as restrições de liquidez que possam surgir? Para esse efeito, são analisadas 181 empresas da indústria de calçado português, caracterizada pelo contributo que tem dado à economia portuguesa, durante o período de 2011 a 2013. Deste modo, para além do enquadramento teórico que existe no universo literário acerca do tema, explora-se empiricamente o mesmo e, numa fase posterior, confrontam-se os resultados obtidos com os que a literatura evidencia. Com base nos dados, é possível constatar que as empresas exportadoras investem mais e têm maiores taxas de crescimento das vendas comparativamente às não exportadoras e que as empresas exportadoras têm apostado fortemente no mercado extracomunitário, exportando cada vez mais para o mercado fora da zona Euro. Em termos econométricos, o estudo induz à conclusão de que as empresas exportadoras financiam os seus investimentos mais facilmente que as empresas não exportadoras, salientando que, enfrentando restrições de liquidez, estas terão menos problemas de financiamento.