A cadeira ergonómica na prática e ensino do violoncelo

A prática do violoncelo requer uma postura corporal estática a qual é mantida por longos períodos de tempo. Esta poderá, a longo prazo, conduzir ao desenvolvimento de distúrbios músculo-esqueléticos e dor, que por sua vez, poderão condicionar a qualidade da prática instrumental. Torna-se por isso im...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Lima, Susana Raquel Azevedo (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/9819
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/9819
Descrição
Resumo:A prática do violoncelo requer uma postura corporal estática a qual é mantida por longos períodos de tempo. Esta poderá, a longo prazo, conduzir ao desenvolvimento de distúrbios músculo-esqueléticos e dor, que por sua vez, poderão condicionar a qualidade da prática instrumental. Torna-se por isso importante monitorizar hábitos posturais e suas consequências no desempenho do violoncelo, bem como, compreender de que forma a ergonomia aplicada à música ajuda a prevenir patologias e contribui para a manutenção da saúde e do bem-estar do violoncelista. O estudo aqui apresentado é um estudo piloto que pretendeu: (i) compreender o impacto de modelos distintos de cadeiras na postura e na qualidade sonora de violoncelistas com diferentes anos dedicados à prática sistematizada e orientada do violoncelo; (ii) avaliar através de um teste percetual auditivo a performance dos participantes. Foram realizados os devidos procedimentos numa tentativa de encontrar respostas às questões de investigação apresentadas neste documento e perceber qual o impacto de uma cadeira ergonómica na prática instrumental, desde a fase de escolha dos intervenientes, aos métodos de observação, de ação e de reflexão usados. Os participantes foram divididos em três grupos distintos: grupo A – violoncelistas com 4 ou menos anos de prática instrumental; grupo B: violoncelistas com mais de 10 anos de prática instrumental e grupo C: avaliadores do teste percetual auditivo. Em termos de postura não se verificaram diferenças significativas entre a postura numa cadeira ergonómica e a postura numa cadeira normal, mas ao nível da qualidade da performance verificou-se que os avaliadores preferiram no teste percetual auditivo a performance na cadeira normal para o grupo A e a performance na cadeira ergonómica para o grupo B.