A Fitoterapia na profilaxia e terapêutica de infeções do trato urinário não complicadas: o caso particular da cistite

As infeções do trato urinário (ITUs) afetam cerca de 150 milhões de pessoas por ano, de todas as idades em todo o mundo e constituem as infeções bacterianas mais comuns a nível comunitário e hospitalar, sendo consideradas o segundo maior processo infecioso após as infeções respiratórias. Estas infeç...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Fraqueza, Ana Carolina Matias (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.1/12221
País:Portugal
Oai:oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/12221
Descrição
Resumo:As infeções do trato urinário (ITUs) afetam cerca de 150 milhões de pessoas por ano, de todas as idades em todo o mundo e constituem as infeções bacterianas mais comuns a nível comunitário e hospitalar, sendo consideradas o segundo maior processo infecioso após as infeções respiratórias. Estas infeções têm um elevado impacto não só a nível económico, como também a nível pessoal, uma vez que os seus sintomas afetam consideravelmente a qualidade de vida dos doentes. São muitos os agentes etiológicos que podem causar uma ITU, no entanto considera-se que a Escherichia coli uropatogénica é o principal agente etiológico quer nas ITUs não complicadas, quer nas ITUs complicadas. As ITUs mais prevalentes na população são a cistite e a pielonefrite. Estas diferem no local de infeção, nos sintomas associados, no seu diagnóstico, bem como no seu tratamento farmacológico. De um modo geral, o tratamento de ambas as patologias, passa pelo uso de antibióticos de forma empírica, no entanto, cada vez mais os microrganismos causadores das ITUs estão a tornar-se resistentes ao uso dos antibióticos, pelo o que é necessário, para além da criação de novos antibióticos, recorrer a outras terapêuticas alternativas para contornar esta problemática. Neste sentido, a presente dissertação pretende apresentar numa primeira instância vários aspetos da patologia, nomeadamente, as diversas ITUs existentes, os fatores de risco, as vias de infeção, os principais agentes etiológicos e abordar mais detalhadamente a cistite e a pielonefrite por serem as ITUs mais comuns, clarificando as principais diferenças em termos de sintomatologia e diagnóstico. São apresentadas, também, as diversas medidas a adotar como terapêutica não farmacológica, os diversos fármacos usados na terapêutica farmacológica da cistite e pielonefrite e as diversas medidas profiláticas existentes. Na última parte da dissertação, pretende-se dar especial atenção ao papel da fitoterapia como terapêutica e profilaxia das ITUs não complicadas em alternativa à administração de antibióticos, principalmente na cistite que é a infeção urinária em que a fitoterapia poderá ter um papel importante. Por último, evidencia-se o papel do farmacêutico comunitário, bem como as preparações à base de plantas mais utilizadas nesta patologia.