| Summary: | Muitos são os artistas contemporâneos que não têm registos precisos dos materiais utilizados no início da sua produção plástica. Mesmo recorrendo à memória, se a obra em estudo tiver sido executada durante uma fase de formação, é frequente o autor lembrar-se que utilizou materiais sintéticos, mas já não saber o seu tipo específico. Nas últimas décadas do século XX, as tintas de base vinílica Sabu foram populares entre os alunos de Belas-Artes, servindo como substitutas das tintas acrílicas devido ao seu preço acessível e por serem visualmente muito semelhantes. Usando a técnica espectroscópica de ATR-FTIR, foi possível em dois casos de estudo pertencentes ao acervo de pintura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, uma obra de Manuel Vilarinho e outra de Pedro Cabrita Reis, distinguir inequivocamente estas tintas. As amostras retiradas do primeiro caso apresentam os picos característicos das tintas acrílicas e, as do outro, os picos das tintas Sabu. Recebido: 2018-12-8 Revisto: 2018-6-18 Aceite: 2019-6-24 Online: 2020-4-14 Publicação: 2020-7-31
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