Summary: | O objectivo principal deste trabalho prende-se com o estudo da possibilidade de reutilizar «óxido secundário» resultante do tratamento de reciclagem de escória salina, como matéria-prima a adicionar as argamassas de cimento Portland.. O comportamento da escória à lixiviação aquosa , a análise química da solução, do soluto e das várias fracções resultantes da separação granulométrica dos óxidos lixiviados por espectrometria de fluorescência de rais X (FRX), são alguns dos resultados apresentados. O comportamento toxicológico da escória, antes e após lixiviação, complementa a sua caracterização. O estudo do efeito da adição do óxido lixiviado de grão fino (<180 um) sobre as propriedades mecânicas da argamassa de cimento foi dividido em duas fases: na primeira, o óxido foi considerado material inerte substituindo parcialmente a areia: na segunda foi assumido como reactivo, substituindo parcialmente o ligante. O recurso a técnicas de difracção de raios X (DRX) e microscopia electrónica (SEM) permitiu identificar os compostos mais prováveis das argamassas, com ou sem adição de óxido, e analisar o grau de dispersão/incorporação do resíduo na matriz cerâmica. Os resultados revelaram que é possível, dentro de certos limites e em condições bem definidas, incorporar com sucesso, estas escórias salinas tratadas em argamassas de cimento. Sendo o cimento o componente mais nobre da argamassa, a sua substituição parcial por escória tratada tem vantagens económicas e ambientais. Contudo, apenas pequenas quantidades (até 10% em peso) podem ser substituídas sem afectar significam ente as características da argamassa. Provou-se que a substituição parcial da areia pelo óxido promove a melhoria das propriedades mecânicas da argamassa., tendo-se atingido níveis de substituição de 30%. Contudo, neste caso, o impacto económico directo é menos relevante.
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